09 setembro 2010

Viagem sem rumo a duas mãos

Sigo numa viagem sem rumo...
A indecisão vai pautando o caminho, o destino vai sendo traçado passo a passo!
Sigo errante e sem ideal, quero apenas ir... Ir por ir, e não ficar! Sem rumo, balanço. De um lado para o outro, tento vislumbrar o meu caminho, a minha luz. A estrada que fica para trás é sempre menor que a que está por vir... Quero ir à descoberta, fazer algo de novo, inovar, descobrir e redescobrir! Rasgo o meu peito com quês, esquadrinho a minha mente, esgravato a minha alma... procurando, achando...
Quero ser eu, eu e mais eu! Quero encontrar quem assim o seja, quem ali esteja!
Corro, abrando, vou passo a passo, vou andando!
Vou nadando e remando!
Sigo pelos elementos com a determinação divina de um ser humano, resgato-me das garras do tédio e da rotina! Agarras-me ao caminho já trilhado, contigo...
Reajo a cada intempérie... e... luto, como se cada luta fosse aquela que me conduz à derrota final! Triunfo! Desembainho o meu sorriso, ergo novamente as forças e sigo por essa estrada, com forças renovadas e retomo cada desafio!
Dois passos à frente e um atrás...
Porque eu... sigo nessa viagem sem rumo!

(Vitor Lopes e Catarina Alves)

1 comentário:

  1. Uma vez que já havia arremessado para a água todas as pedras que existiam na praia, não restando uma única para me entreter, vi-me obrigado a olhar para trás e qual não é o meu espanto quando constato que existe uma mão cheia de pessoas que aguardavam que eu saisse do meu autismo auto infligido que usei como defesa para as mágoas de que padeci. Vieram ao meu encontro e brindaram-me de beijos e abraços, pegaram-me em ombros depois de me terem untado de mirra, pensei então para mim o valor do que evitara e que fora necessário esgotar todos os calhaus para perceber que eles sempre haviam estado lá aguardando o fim da minha cobardia.

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